Há um interessante estudo de professores do IBGE, "População e crescimento econômico de longo prazo no Brasil: como aproveitar a janela de oportunidade demográfica?", que mostra isso.
Os professores José Eustáquio Diniz Alves e Miguel A. P. Bruno fazem uma análise detalhada do "bônus demográfico" para a economia brasileira, mas, devido à exiguidade de espaço, mostro apenas os dados mais interessantes, contidos no gráfico:
Fonte: IBGE e ONU
A taxa de dependência definida como o percentual entre "crianças e jovens entre 0 e 14 anos somada a idosos de 65 anos e mais" dividido pela "população em idade ativa: entre 15 e 64 anos". Essa taxa define, grosso modo, quantas pessoas são sustentadas para cada 100 pessoas sustentadoras.
Pode-se verificar que ao longo de boa parte de século XX, o percentual de sustentados era de 80% (ou seja, num grupo de 18 pessoas, 10 sustentavam e 8 eram sustentados). Com a forte queda da taxa de natalidade, temos nas primeiras décadas do século XXI uma redução desse número para 50%. Num grupo de 15 pessoas, cinco são sustentados e 10 sustentam. Pode-se perceber que há um fator natural para o aumento da renda per capita.
Essa janela de oportunidades vai até a metade do século XXI quando teremos um aumento grande da população de idosos dependentes e, consequentemente, um aumento na taxa de dependência.
Assim, independentemente de governos e de "políticas publicas" (sic), temos uma melhoria natural em nossa economia.
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